Outro dia postei sobre viajar sem sair do lugar e listei 9 livros que surtem esse efeito nesse post.
Em tempos de pandemia, ler é essencial para não enlouquecer. Seja com as notícias, seja com o isolamento social.

Hoje falaremos sobre as melhores distopias de todos os tempos.
Dentro da ficção científica (considerada como gênero literário para os propósitos desse post) há a ficção plausível – baseada em pesquisas científicas e a fantástica na qual os escritores descrevem sociedades futurísticas imaginárias.
Mas o que é distopia?
Distopia faz parte da ficção fantástica e descreve um local ou estado de vida em privação ou desespero.
Onde a sociedade retratada é comandada por um governo totalitário e em geral, corrupto. Regimes ditatoriais e tirânicos.
A tentativa de moldar a sociedade para que seja submissa aos desejos, mandos e desmandos de uma minoria é a essência do roteiro distópico.
Distopia é o contrário de utopia.
A utopia é um lugar ideal onde o povo vive feliz, equilibrado e em harmonia completa.
Claro que a própria palavra utopia já indica que é um não lugar, um local que não existe, mas para os otimistas de plantão é o almejado.
Os escritores que optam por esse gênero são considerados visionários já que muitas vezes o que ali foi escrito (há décadas ou séculos atrás) acontece de uma forma ou de outra.
Sou uma fã incondicional da distopia.
A primeira vez que vi Blade Runner (vi o filme primeiro e depois li o livro- inversão), fiquei fascinada com aquele mundo cheio de novas tecnologias e sonhei, por muito anos, em fazer uma chamada por vídeo.
Algum tempo depois eu usava o face time no celular ou o vídeo do Messenger e hoje eu dou aula de inglês online pelo zoom.
O que era apenas um sonho distante tornou-se realidade.
Vamos as 11 melhores distopias de todos os tempos?
Os clássicos nunca saem de moda (é como o pretinho básico):
1. 1984: o livro foi escrito por George Orwell em 1949 e tem como pano de fundo uma sociedade governada pelo Partido num mundo centrado na figura do Big Brother, que tudo vê.
O protagonista é um homem de meia idade e trabalha no Ministério da Verdade. A sua função é alterar e reescrever dados conforme as orientações e interesses do Partido. Se você ainda não leu, não darei spoiler.
O livro é considerado uma crítica ao fascismo e é uma das obras mais importantes do século XX. Você pode comprar nesse link: https://amzn.to/2RkgbJw .
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2. A revolução dos bichos: foi escrito em 1945 pelo mesmo autor de 1984.
O pano de fundo é uma granja e retrata a extrema insatisfação dos animais com os cuidados (ou a falta deles) do dono da granja e as condições de “trabalho” a que os animais são submetidos.
Surge a ideia de fazer uma revolução a fim de alcançar a utopia: um lugar onde não haveria humanos e os animais vivessem felizes para sempre, trabalhando sem serem explorados.
Uma poderosa metáfora a nossa sociedade, com os personagens exibindo características próprias de cada um de nós. Para mais informações é só clicar https://amzn.to/3hoijdO .
3. Admirável Mundo Novo: é para lá que estamos caminhando, infelizmente.
O livro de autoria de Aldous Huxley mostra uma sociedade controlada por um estado totalitário, como não podia deixar de ser.
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Sentimentos e relações eram proibidas. As posições na sociedade eram determinadas desde o nascimento, já que ela se dividia e castas. Seres humanos criados em laboratórios e com um destino determinado.
Se você alguma vez sentiu que não fazia parte do grupo que pertence vai se identificar com o protagonista e quem sabe com outros personagens dessa estória.
Grande obra.

4. Fahrenheit 451: a sociedade distópica retratada tem uma cultura de combate ao conhecimento, ao livre pensamento e a crítica.
O autor é Ray Bradubury.
Os bombeiros têm como função queimar livros (apagar o fogo do conhecimento?).
Durante o nazismo houve a queima de mais de 20 mil livros considerados não alemães pelo partido. Hoje há um monumento em Berlim em memória a queima.
O livro foi escrito em 1953 e apresenta claramente uma crítica aos regimes totalitários que tentam, de todas as formas (inclusive por meio da censura) banir a livre expressão de pensamento e o conhecimento.
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5. A máquina do tempo: a fantástica jornada de um cientista inglês a um futuro desconhecido, intrigante e perigoso descrita com maestria por H. G. Wells.
O livro, que também é um clássico da literatura moderna, é o primeiro e mais importante sobre as viagens no tempo.
O escritor abriu o caminho para as novas estradas da literatura mundial, bem como para as famosas séries que temos disponíveis hoje como Dark, por exemplo.
Assunto predileto de aficionados em viagens no tempo, Dark dominou e domina ainda a cena das discussões atuais por ser de difícil entendimento.
A máquina do tempo escrita em 1895 proporcionou a produção futura de obras importantes e interessantes sobre o tema.
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6. Laranja Mecânica: escrito por Anthony Burgess foi adaptado para o cinema em 1971 por Stanley Kubrick (quem mais?) e é considerado um marco na cultura pop.
Alex, o protagonista, narra suas aventuras sem pudor ou vergonha, deixando transparecer a violência, o egoísmo e tudo que tem em sua sombra na sua jornada perversa.
Uma sociedade que soluciona a violência desmedida em igual medida, com a terapia da aversão a qual Alex é submetido.
Não vou dar spoiler. O livro é tão bom quanto o filme – coisa rara de dizer, não é? Dá uma olhada no link: https://amzn.to/2DX00Pu .
7. O processo: Kafka é conhecido pelas distopias. Metamorfose é mais famosa: escrito em 1912 e em apenas 20 dias!
Falaremos sobre “O processo” , que em mim cala mais fundo, por assim dizer.
É um dos livros que os estudantes de direito “devem” ler. Uma excelente crítica ao poder Judiciário e a arbitrariedade, tão em voga hoje.
A obra retrata um bancário: Josef K. que é processado e julgado sem saber o motivo.
O protagonista passa todo o tempo sem saber o motivo da acusação, o embasamento legal e a maneira correta para se defender do que ele considera um mau entendido.
Poderoso retrato do sistema falho e corrupto. O exemplar pode ser comprado no link: https://amzn.to/3ipsmAJ .
8. Eu, robô: Isaac Asimov é outro mestre em distopias. O livro é uma coletânea de contos escritos entre 1940 e 1950.
Os contos estão interligados e o escritor narra o desenvolvimento das máquinas desde os primeiros robôs – os autômatos até os superinteligentes capazes de afetar a vida dos seres humanos.
Ele nos apresenta as leis da robótica e foi um visionário. A maneira de escrever é muito simples e de fácil entendimento nessa obra . O livro está disponível na Amazon: https://amzn.to/2ZuuyQe .

9. Neuromancer: inaugurou o cyberpunk – um sub gênero da ficção científica. Esse livro influenciou diretamente a trilogia de Matrix, se você é um fã, não deixe de ler.
O protagonista é um cowboy do ciberespaço e foi contaminado com uma toxina como punição por tentar enganar seus patrões, assim ele não pode mais entrar no espaço virtual – que é onde todo mundo vive.
A Bitcoin de hoje já foi prevista no livro onde o dinheiro físico não existe mais.
O protagonista, Case é seu nome, embarca numa jornada nos subúrbios de Tóquio que mudará o curso de sua história dando uma nova perspectiva sobre a realidade.
Livrão de autoria do William Gibson!
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10. O conto de Aia: usei o livro na bibliografia do Mochilando com as Deusas . Se você ainda não viu é só clicar aqui: https://amzn.to/32lYUWX .
Não sei por que demorei tanto para conhecer Margaret Atwood, mas enfim.
O mundo enfrenta uma crise de fertilidade, assim a sociedade teocrática representada tem o domínio sobre as mulheres, total e completo.
Decide suas funções, tarefas e objetivos. Confisca seu dinheiro e aponta seus trabalhos.
Não há mais universidades, livros, jornais ou revistas e nem advogados.
O machismo e o fundamentalismo religioso retratados com excelência pela escritora.
Há uma série na Tv baseada nele, se você não quiser ler, veja a série. Para comprar a obra basta clicar : https://amzn.to/3mgHylU .

11. Blade Runner: na introdução falei sobre o filme, não foi? O modo como ele me impressionou e como aquilo que eu sonhava tornou-se realidade: falar com alguém por vídeo.
O roteiro foi escrito por Hampton Fancher mostra a terra corroída pela poeira radioativa e os que puderam se mandaram para as colônias espaciais (olha Marte ai gente!).
O filme foi baseado no livro de Philip Dick.
O protagonista é um caçador de recompensas que tem por objetivo “caçar” androides de uma geração avançada.
Rick é contratado para desligar os androides que muito se assemelham aos humanos e repudiaram sua condição de escravos, fugindo e buscando a liberdade – o bem mais precioso.
Ele passa a questionar sua missão quando desenvolve – ou já tinha? – empatia pelos androides. Dentre outras coisas. Há diversas reflexões no livro, bem como no filme.
É de longe meu livro favorito das distopias.
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Ler é essencial para desenvolver um senso crítico, entender de forma mais abrangente diversos assuntos e sobretudo refletir sobre o mundo à nossa volta.
Do panfleto a bula de remédio você adquire vocabulário e informação. Qualquer coisa traz uma perspectiva diversa, desde que você preste atenção.
É uma atividade prazerosa e não somente em dias de chuva.
Cultura, conhecimento, diversão e entretenimento. A leitura traz isso e muito mais.
As distopias são uma maneira de refletir sobre a sociedade que vivemos, como será o mundo daqui a algum tempo e quem somos nós nessa miríade.
Para que no final o questionamento te leve ao maior de todos: quem sou eu. A que vim?
Ler é preciso.
Boa jornada lendo as distopias mencionadas!
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