Deixamos a nossa pegada por todos os lugares que passamos. A nossa marca fica em algumas pessoas e alguns locais de maneiras que nem podemos imaginar.
Quando entramos em contato com o povo local (no destino escolhido) deixamos parte de nosso conhecimento e levamos para casa – na bagagem, grande parte do que vivenciamos naqueles breves dias.

Além daquilo que aprendemos, deixamos um rastro na praia, no campo, na montanha.
Após a pandemia voltaremos a viajar. A aventura nos aguarda. Que tal deixar uma pegada sustentável no próximo destino?
Mas afinal o que é turismo sustentável?
Visitar algum lugar como turista e causar um impacto positivo tanto no meio ambiente quanto na economia local.
Veja as 11 atitudes para deixar um rastro sustentável por onde você passar:
1. No planejamento da viagem escolha criteriosamente as prestadoras de serviço. Tanto a acomodação quanto as empresas que você vai fazer os passeios.
Cheque os antecedentes: há a prática de andar nos animais? Eles são bem tratados? Prefira visitar refúgios ou locais para reabilitação de animais.
Em Chiang Mai – Tailândia, há o Elephant Nature Park um santuário e centro de reabilitação para os elefantes, pode ser uma boa visitar na próxima vez que for à Ásia, não?

2. Informe-se sobre o local com antecedência. A cultura, os hábitos do povo, a comida e os rituais religiosos.
Vestir-se adequadamente nos países islâmicos é uma questão de respeito a cultura local e não de concordância com a religião praticada pela maioria.
3. Priorize os serviços locais: coma em restaurantes que o povo come. Você vai economizar e ao mesmo tempo garantir que a economia local sobreviva.
Restaurantes fast food ou as grandes cadeias alimentares não vão a falência por conta da demanda, mas pequenos negócios (a exemplo do que está acontecendo agora com a pandemia aqui) podem ir à bancarrota sem o devido apoio.
4. Compre a lembrança para a família de um artista local: adquira os souvenirs (enfeites, ímãs de geladeira, chaveiros, canecas temáticas, camisetas) nas cooperativas.
Ser cooperativista é acreditar que ninguém perde quando todo mundo ganha, é buscar benefícios próprios enquanto contribui para o todo.
Ou compre nas associações de artesãos, por exemplo.

5. Leve uma garrafa de plástico (não detectável pelo raio x) vazia na bolsa, assim você vai evitar comprar várias vezes garrafinhas de água. A maioria dos lugares (na Europa, pelo menos) a água é potável.
6. Coloque na mala uma sacola retornável: para ir ao mercado se abastecer de salgadinhos e de biscoitos quando for fazer bate e volta; para trazer a roupa suja e/ou molhada e, por fim, para diminuir o consumo de sacolas plásticas.
A exemplo de São Paulo muitos países cobram pela sacolinha no mercado. Isso pode fazer a diferença já que as moedas em euro, por exemplo, valem alguma coisa (ou muita coisa?).
7. Coloque o lixo no lixo: do mesmo modo que não queremos ver a nossa rua ou nosso prédio sujo devemos ficar atentos com aquilo que deixamos no local de visitação.
Leve uma sacolinha na bolsa ou na mochila e coloque o lixo até encontrar uma lixeira.
Há locais com sérios problemas, como o Egito, mas ainda que tenha montanhas de lixo na rua não jogue o seu;
8. Não pegue pedras ou conchas: tudo o que fazemos pode causar impacto ambiental. Se você quer trazer alguma coisa traga lembranças dos artesões, como mencionado acima;

9. Caminhe ou ande de bicicleta: a emissão de gás carbônico é mínima e você ainda volta em forma. Duplo benefício 😉.
Faça um free walking tour ou escolha passeios com o mínimo de impacto, veja aqui algumas opções.
10. Viaje leve: quanto mais peso, mais impacto. Sua coluna agradece e seus joelhos também.
Tudo que você precisa pode ser comprado no destino, a não ser que vá para o deserto. Veja no post como equipar adequadamente a bagagem de mão.
Repense sua forma de viajar e tente na próxima (em 2021 pós pandemia) levar apenas uma mala de mão.
11. Leve um livro em português e deixe na habitação ou no transporte público: as pessoas ficam curiosas quando dizemos que somos do Brasil.
Compartilhe informações e deixe uma pegada cultural no local;
É importante lembrarmos do nosso privilégio. Estamos viajando. Conseguimos angariar fundos, economizar, poupar a fim de realizar um sonho.
O lugar que desejamos. Lá está você. Somos todos turistas onde passamos e até mesmo, algumas vezes, onde moramos- em bairros que nunca estivemos.
