É preciso dar o passo rumo ao desconhecido senão a aventura jamais começará.

Os heróis saltam para o desconhecido pulando de um penhasco, atravessando um portão e até mesmo respondendo a enigmas.
Ao cruzar o limiar – ponto que constitui um limite, em geral inicial – ele está disposto a explorar o mundo desconhecido. Aquele que ele não havia pisado ainda. A experimentar cheiros e gostos estranhos.
Aventuras e desventuras.
O limiar não precisa ser um portal, uma passagem para outro universo nem uma ponte que oscila enquanto você está cruzando. A travessia pode ser apenas a descoberta de um segredo (ou um insight), a utilização de uma habilidade recém adquirida ou a resolução de um enigma.
Lembra do enigma da pirâmide?
O objetivo é cruzar a fronteira entre o mundo comum e o desconhecido.
O mundo novo é assustador, o herói ou a heroína não sabe o que lhe aguarda. Assim o medo é em geral o companheiro fiel. Não o desejamos, mas lá ele estará a cada passo do caminho.
O medo não é de todo ruim. Ele nos assinala a prudência, nos protege de atitudes impensadas e viradas bruscas na estrada da vida. Alerta os impulsivos.
Se conhecemos o medo e o confrontarmos vamos ter um aliado para universo de possibilidades que se levanta no horizonte.
Ele será uma espécie de coordenada, uma constelação que nos guiará na noite escura. Apontará o Norte para a jornada que se inicia.
Toda jornada tem obstáculos, contratempos e provações. Tudo foi orquestrado para que você desenvolva novas habilidades, cresça com os imprevistos, se fortaleça nas armadilhas e aprenda com os inimigos.
Não deixe o medo tomar o volante – ele pode ser coadjuvante, mas não ator principal.
O protagonista deve estar com o salto de fé na mochila. Esse deve ser nosso mapa.
A fé – não aquela cega – mas a que acredita no que ainda não vê.
O salto com a certeza de que tudo vai dar certo, que tudo contribui para nosso crescimento, que o caminho é sim, mais importante que o destino. E que o último não é inalcançável.

Que estejamos prontos para saltar na jornada da vida, para as viagens que se iniciam e para os desafios ao longo do caminho. Ainda que ele seja incerto, cheio de seres estranhos, falando uma língua alienígena.
Saltemos! Não com a certeza de que sairemos ilesos, mas com a fé bem embalada na mochila. Com nossa bússola e nosso mapa a postos. Aliando o medo a prudência e não esquecendo de que o desconhecido pode ser sensacional.
Que tudo é aprendizado na jornada.
É preciso dar o passo rumo ao desconhecido senão a aventura jamais começará.
A Jornada do Herói é a estrutura mais utilizada do storytelling para romances, livros, mitos, lendas e narrativas em geral.
Se você quiser saber mais sobre a jornada do herói, recomendo o Herói de Mil faces do Joseph Campbell – ele faz parte da bibliografia do Mochilando com as Deusas – bem como o excelente A Jornada do Escritor de Christopher Vogler. Conhecimento é poder!
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Me diga: você está pronto para as novas aventuras?