Egito parte III: Aswan, o Sudão é aqui

Aswan fica no sul do Egito, quase na fronteira do Sudão. Porta de saída para Abu Simbel : Complexo de templos by Ramsés, II  patrimônio da UNESCO. A curiosidade aqui é que esses e outros templos dessa região, foram “alagados” por conta da construção do Lago Nasser e depois resgatados (pedra por pedra) debaixo d’água, com a ajuda de vários países, e realocados em ilhas ao longo do Nilo .

Tendo em conta que o país conta com 94% de seu território coberto pelo deserto, a construção da represa é motivo de orgulho para a população de Aswan.

No meio do caminho paramos para ver uma maravilha histórica. Nossa passagem de trem estava comprada: Luxor-Aswan ( sleeping train ), mas mudamos de ideia e contratamos no hotel um transporte (uma van) para Aswan a fim de visitarmos o templo de Edfu, dedicado a Hórus ( Templo de Hórus ), o que foi um excelente ideia, as colunas estão muito bem preservadas (vê-se os detalhes esculpidos com maestria nas pedras) e ainda há hieroglifos bem claros.

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Chegamos na cidade das feluccas (os barcos típicos de madeira com aquela vela charmosa) cerca de três horas e meia depois (um boa jornada deserto a dentro) com um mini-tour agendado de Luxor para conhecer os pontos principais da cidade, são eles: a represa (que eu não fazia a menor questão de ir, temos Itaipu, né gente?), o Templo de Philae (imperdível: uma mistura de arquitetura greco-romana e totalmente dedicado a Ísis) e o tal do obelisco inacabado (nem foto eu tenho, pois não vale o tempo de tirar uma). A cidade tem uma luz sensacional, as melhores fotos que eu tirei creio que foram aqui, em especial no templo de Philae : Templo de Ísis.

Como foi nossa viagem? Acompanhe abaixo:

 

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  • Alojamento: Ficamos no Marhaba Palace hotel, super central e muito confortável: Hotel em Aswan . Valor para 3 diárias: USD 141,00 no quarto duplo. Foi a primeira vez em toda a viagem que vi mulheres trabalhando: na recepção do hotel e super simpáticas, vale dizer. Da varanda o majestoso Nilo com as felucas de pano de fundo. Hotel bom, atendimento excelente, café da manhã razoável.

 

  • Alimentação: A localização do hotel, como mencionado, era super privilegiada. Há um calçadão bem na frente ao longo do Nilo, e nele, há diversos restaurantes. Alguns mesmo dentro de barcos. Os preços são iguais os praticados em Luxor, cerca de 100 libras egípcias por pessoa. E adivinhe? Tem um “templo” do McDonald’s. Mesmo valor do Pizza Hut no Cairo: 40 libras egípcias por refeição. 

 

Nossa passagem por Aswan foi mais demorada, deixei um dia e meio livre a fim de conhecer a cidade, andar de barco sem pressa pelo Nilo e fazer a tatuagem de henna nas mãos (fiz no Marrocos e queria repetir no Egito). Foi muito bom, entretanto deveria ter deixado esse dia “livre” para Luxor : A joia do Nilo .

Consegui fugir (sem que um acompanhante me fosse designado) e procurei um barco com a bandeira do Brasil, encontrei o capitão Sonasi com quem conversei durante duas horas ouvindo Bob Marley e aprendendo algumas poucas palavras em árabe, pagando a bagatela de 100,00 libras egípcias.  

 

Descendo o Nilo com uma feluca para chamar de minha:

 

 

Contratamos um tour para ir até Abu Simbel ( que custou os olhos da cara, por uma agência chamada Memphis tour: USD 375,00 valor para três pessoas) já que fica a 234 km de Aswan, e vale cada sacolejo na estrada. Aproveita para dormir e ao chegar se encante com os templos construídos durante o reinado de Ramsés, II dedicados a ele e a sua amada Nefertari (ah, o amor):

 

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Atravessamos o Egito de norte (Alexandria) a sul (Abu Simble/Aswan). É uma civilização de 5.200 anos cujo artefato arqueológico mais antigo (da chamada era pré histórica) data de mais de 7.000 anos, os resquícios de tal civilização foram encontrados no seguinte sítio: Naqada e podem ser vistos no museu do Cairo. 

O Egito atual é uma república democrática, o presidente é o antigo Ministro da Defesa. A situação econômica não é das melhores depois dos incidentes na França, Turquia e Alemanha, dentre outros.

O país sofre sanções econômicas e o turismo está em baixa, em quase todos os sítios arqueológicos (Patrimônios históricos da UNESCO) estávamos sozinhos, pouquíssimos turistas no que se considera alta temporada (dezembro/janeiro). O que é uma perda não somente para os egípcios, mas para todos nós.

Termino essa aventura pelo Egito dizendo que é um país belíssimo e subestimado, seguro e com gente muito simpática, prontos a receber bem os turistas, com problemas como todos os países: Problemas óbvios.

Não deixe de ir. Se tiver dúvidas deixe um comentário abaixo ou assine o blog para receber mais conteúdo. Obrigada por acompanhar a saga por terras africanas.

 

 

 

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