A capital do estado do Pará localiza-se a 2.468 km de São Paulo em linha reta, mas por estradas chega quase a 3.000 km (2.914 km). Há voos diretos saindo de São Paulo (um específico que sai as 23:00 de GRU e chega na madrugada lá). Tempo de voo: 3h 35min. Sim, é mais longe que Buenos Aires e Montevidéu. Tão ou mais interessante se me permite acrescentar.
Dentre os locais para passear há o famoso e lindíssimo Theatro da Paz (escrito com “h” mesmo): Teatro. Fundado em 1878 quando Belém era considerada a “capital da borracha”. Agora em outubro a programação conta com o Festival da ópera e Amazônia jazz band. Vale conferir.
O museu que mais gosto chama-se Emílio Goeldi: museu . É um espaço aberto com um parque Zoo botânico, assim é possível ver a famosa vitória-régia (planta aquática em forma circular que pode aguentar até 40 quilos se bem distribuídos) bem como o peixe-boi. Há também exposições temporárias.
O Parque Mangal das Garças é deslumbrante: Parque. Localizado as margens do rio Guamá conta com uma área de 40.000 m². Além do viveiro de pássaros, o Farol de Belém (mirante de 47 m com boa vista da cidade) e o Memorial Amazônico da Navegação (com antigas embarcações) o borboletário, um orquidário e outros “ários” afins. Não esqueça o filtro solar (30 FPS), é um espaço aberto e enorme.
Conta com o conhecido mercado: Ver-o-peso. No século XVII os portugueses instalaram um “posto de fiscalização” das mercadorias que eram trazidas para a sede das Capitanias (Belém) naquela região. O objetivo era fiscalizar não somente o produto, mas também o peso, daí o nome que a princípio era “casa de haver o peso”. Você vai encontrar de tudo para comprar, mas não perca as ervas medicinais, as plantas da Amazônia e as raízes. As vendedoras contam muitas histórias e lendas. Diversão garantida.
Logo ao lado há a Estação das Docas: espaço maravilha da cidade. Todas as vezes que visito minha segunda casa vou até lá. O melhor sorvete do Brasil (eleito como tal em 2014) pode ser encontrado aqui : Cairú. Além de exposições, música apresentada em “palcos deslizantes” que são as estruturas metálicas suspensas nos armazéns 1 e 2, barracas com produtos típicos, teatro e dança. Você pode fazer um passeio de barco também. Com ar-condicionado (você vai me agradecer por essa dica).
O Círio de Nazaré é celebrado no segundo domingo do mês de outubro, sendo portanto uma data móvel. Considerado por muitos paraenses a festa religiosa mais importante do nosso calendário. É um verdadeiro Natal, uma demonstração imensa de fé. Famílias reunidas rezando e comendo em harmonia. Os pratos típicos são o pato no tucupi e a maniçoba dentre outros tantos. Sou uma fã da culinária paraense, entretanto não é para todos os paladares. Experimente, quem sabe passa a amar como eu?
Não posso deixar de mencionar mais duas comidas que são o que há : tapioca de coco no seguinte local: Tapioca dos deuses. Há muitos tipos da mencionada iguaria, a minha favorita é a de coco, pois derrete na boca e em alguns lugares é servida na folha de bananeira. Outra iguaria paraense que amo: Tacacá imagens do google: um caldo servido quente feito da goma da mandioca, com camarão e folha de jambu: uma planta medicinal que é uma espécie de anestésico local e provoca um formigamento na língua.
Espero que eu tenha feito uma descrição “apropriada” do Tacacá, do contrário serei “massacrada” pelos meus amigos locais. Pedi uma amiga para em recomendar o melhor tacacá: Avenida Nazaré em frente ao colégio Nazaré ( o nosso “rival” já que estudamos no Moderno).
Para jantar recomendo um boteco: Boteco do Bacu: rua Triunvirato, 303 entre Tv. Bom Jardim e rua Monte Alegre. A casquinha de caranguejo e o Pirarucu são fantásticos, acompanha aquela cerveja gelada e a hospitalidade paraense, tudo de bom.
Sou muito suspeita, como você pode ver. Amo mesmo a cidade que me acolheu (e muito bem) por oito anos. Tenho grandes amigos que lá habitam e visito a cada dois anos, pelo menos. O povo é muito acolhedor. Vá. Não vai se arrepender. Qualquer ajuda no roteiro deixa seu comentário que eu retorno. Boa viagem.