Viña Del Mar: é um balneário distante de Santiago cerca de 119 km. Fomos de ônibus de linha, pegamos no terminal de buses (ou rodoviário) de Santiago que fica na estação de metrô Universidad de Santiago (linha vermelha). Uma cidade bem cuidada, conhecida como “cidade jardim” pela sua vocação de flores e plantas ao longo da orla, bem como o relógio de flores, que é seu cartão postal. A praia + famosa é “reñaca”. O castelo Wullf é muito bonito e ao lado dele há um mirante com vista para a praia miramar e o lindo pacífico, com um pouco de sorte dá até para ver leão marinho. Há o Museu Fonk (Museo Fonck) , com uma grande estátua de moai e objetos trazidos da ilha de Páscoa. Caminhar pela cidade é um prazer, as praias estão lotadas no verão e a presença maciça é de chilenos. O sotaque, eu confesso, é muito complicado. Amei a cidade e voltei para pernoitar.
Valparaíso: é uma cidade portuária cujo centro foi considerado patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO. Cerca de 120 km da capital Santiago. O principal mirante é o Paseo 21 de mayo, uma bela vista da cidade e do porto, há também uma feira de artesanato, onde você pode comprar um xale de lã por R$ 14,00 e +. 1.000 CLP (o vendedor disse que aceitava a moeda brasileira). O tempo virou quando chegamos a Valparaíso e minha companheira de viagem Karen tinha reais na carteira me salvando do frio inesperado. Há o Museo Naval y Marítimo , não entramos, pois não havia tempo. O prédio por fora é muito bonito. O Porto, que vale a visita. No centro histórico há a Plaza Sotomayor, que possui diversas construções históricas. O Monumento a los Héroes de Iquique chama muito atenção. Há mais uma casa de Neruda, a Sebastiana -que infelizmente estava fechada quando chegamos, já que era uma segunda. Apesar do que dizem da cidade, fomos com um guia e durante o trajeto ele contou a história da mesma desde a fundação, assim fiquei com uma ótima impressão do lugar.
Isla Negra: a casa mais bonita de Neruda. Com uma vista fantástica para o gélido pacífico. Azul como o mar, feito um navio ancorado em uma praia deserta. Assim é a casa museu, toda ela inspira poesia. No final da visita você caminha até o túmulo dele e do seu amor sem fim. Aproveite e siga na trilha até a praia, sente nas rochas e deixe-se levar pela beleza do lugar. Respire e inspire-se.
Finalizo com meu poema favorito daquele que me levou ao Chile:
“Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser… sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.”