O COVID-19 se iniciou na China no final de 2019. Em 26 de março o país fechou suas fronteiras para entrada de estrangeiros, o artigo completo você pode conferir aqui.
A notícia de 10 de abril foi de que os casos de transmissão local foram zerados, mesmo assim as fronteiras permanecem fechadas.
Inclusive a fronteira com a Rússia, que foi fechada em abril de 2020. Os chineses temem uma segunda onda de coronavírus por risco de importação de novos casos.
Até o final do ano a China deve abrir paulatinamente suas fronteiras e se está no seu radar, confira abaixo as dicas para aproveitar Pequim após a pandemia.
Passei em Pequim (pouco tempo na verdade) na volta da Mongólia. Como ainda tenho o visto – válido por 5 anos, quero aproveitar para voltar e conhecer o país de fato.

É possível viajar sozinha e circular pela cidade tendo em conta os diversos meios de transporte.
O imperdível na cidade:
1. Cidade proibida: é mesmo enorme. Um conjunto arquitetônico de palácios imperiais. Para cruzar a cidade de norte a sul você precisa de tempo, pelo menos 4 horas.
2. Praça da paz celestial: foi palco de inúmeros protestos na China e é um cartão postal. Pertinho há o mausoléu de Mao Tsé-Tung e o Museu Nacional da China, se der tempo visite.
3. Rua Qianmen: é uma rua fechada, um calçadão para pedestres que abriga lojas locais bem como restaurantes, vale a ida, dê um tempo na caminhada e coma alguma em algum dos becos das ruas adjacentes.
4. Templo do céu: outro cartão postal de Pequim. A população local aproveita a praça e faz exercícios pela manhã cedinho. É lindo.
5. Para fazer a muralha escolha um passeio guiado partindo de Pequim (é caro, mas vale a pena). Fica a 80 km de Pequim ou 1h e 30 minutos de trem portanto melhor sair cedo. É um passeio de um dia inteiro.

Achei muito simples já que com o mapa do metrô você pode circular com facilidade, mas as pessoas não falam inglês.
A única coisa que estranhei foi a quantidade (enorme) de policiais armados na cidade: em todos os cantos. Ao invés de me sentir segura, me senti vigiada mesmo e com receio de tirar fotografias.
Também somos revistados (raio x) em todas as estações de metrô.

O mais importante (que eu não sabia antes de ir) é que há muitos anos a China impõe restrições sobre o uso da rede de internet, tornando as mídias sociais como facebook, insta e afins inacessíveis.
Bem como buscadores como o google, por exemplo. Ou WhatsApp.
Você se sente numa bolha. Sem comunicação.
Eu usei SMS (que nem lembrava mais da existência) para avisar que estava bem.
O grande firewall da China pode ser contornado através do uso de VPN (Virtual Private Network), mas você precisa fazer o download antes de ir.
Essa rede privada permite o tráfego de dados de forma segura, já que substitui o seu IP pelo provedor próprio da rede.

Mesmo nos hotéis o wi-fi é de baixa qualidade e você não conseguirá baixar o VPN.
Até mesmo para acessar meu e-mail pessoal (do yahoo) eu tive sérias dificuldades, contando com a rede do hotel que estava hospedada.
O firewall deles é uma muralha mesmo.

Um comentário sobre “O que você sempre quis saber sobre a China, mas ninguém contou”