Há um escritor japonês chamado Haruki Murakami, o livro que mais gosto (uma trilogia na verdade) chama-se 1Q84 (com “Q” mesmo e não “9” como o do George Orwell, apesar das amplas referências ao último) : Crítica sobre 1Q84. Chama-se realismo fantástico esse tipo de escrita. Pois bem, nenhum livro maluco me preparou para a realidade alternativa que é o Japão. Nem mesmo os filmes de Akira Kurosawa: Filmografia de Akira. Uma verdadeira “pandora”. Foram 6 cidades ao todo, como base para o bate e volta usei Tóquio: A magnífica e Quioto: Se você ainda não viu .
Kamakura: de Tóquio pegue a linha de trem JR Yokosuka, vai desembarcar na estação de Kamakura e lá, à direita saindo da catraca há um centro de informação turística, onde falam inglês e o atendimento é impecável. Pegue o mapa e se informe do ônibus que sai na frente da própria estação e te levará ao grande Buda, a estátua de bronze gigante, o “Daibutsu”: O que ver. A cidade é cercada de templos e de verde. Creio que é melhor passar um dia inteiro, pois há muito o que ver e as caminhadas são longas.
O seguinte foi para Nagoia: O castelo. Esse foi super rápido mesmo. Desci apenas na cidade para ver o castelo, a caminho de Quioto. Peguei o shinkansen em Tóquio e fiz uma parada em Nagoia, com a passagem para o próximo destino já em mãos. A dica aqui, vale para toda viagem, leve uma mala pequena. Tive que deixar a mala no guarda-volumes na estação central de Nagoia para pegar o metrô em direção ao castelo, 99 % dos armários eram pequenos. Aproveite para almoçar na estação, é dentro de um shopping e a dica esperta é: no 12º andar tem um fumódromo. Pegue o metrô e desça no castelo. Tomei um susto quando ouvi português no trem. Aparentemente a cidade tem o maior número de dekasseguis: Trabalhador migrante no Japão. A visita ao castelo valeu a ida. Por fora é uma obra impressionante, dentro há algumas armaduras de samurais e réplicas de casas da época.
A partir de Quioto a primeira parada foi Hiroshima: Os principais pontos. Pelo valor histórico (triste história). Fiquei surpresa porque a cidade é cercada de árvores e parques. Há muito verde. Completamente viva e recuperada. A dica aqui: você vai utilizar o passe JR para pegar o ônibus do tipo hop on hop off do lado de fora da estação. Não vai pagar um centavo a mais e pode percorrer todos os pontos turísticos da cidade. Pegue um mapa no centro de informação turística na saída da catraca à sua esquerda. A plataforma do ônibus de turismo fica na saída bem em frente ao centro de informação.
O último bate e volta foi para Nara: A cidade fascinante. E aqui ficou um pedaço grande do meu coração. É toda cercada de verde e os templos ficam situados próximos de um grande parque ao ar livre, onde você pode alimentar veados comprando uma espécie de biscoito especial (senbei) para os bichinhos fofos. Foi a primeira capital do império unificado do Japão. Era ano novo e estava super lotada, mas te digo uma coisa: vale cada passo apertado. O templo budista Todaiji é o mais famoso talvez por ser a maior estrutura de madeira do mundo: O templo . Tirei a sorte lá e saiu boa fortuna, trouxe impressa em japonês e uma espécie de inglês. Alimentei os animais e fiquei tão apaixonada por cada detalhe em madeira do teto do templo que voltaria mil vezes. Licença poética aqui: Nara, mon amour.
A saga Japão acaba aqui (infelizmente). Se tiver dúvidas ou precisar de ajuda com seu roteiro pode contar comigo. Deixe um comentário aí embaixo que eu respondo rapidinho, ok? Boa viagem.