Chile 1: Atacama- dezembro 2013

Meu vício é viajar, claro que tenho outros, mas este é o mais prazeroso. Minhas amigas acharam uma boa ideia que eu fizesse um blog de viagem, então vamos lá. Meu primeiro post, de trás para frente, a última viagem: Chile. Sejam bem vindos leitores e leitoras. Se tiverem dicas ou comentários por favor o façam.
A última viagem foi ao Chile em dezembro de 2013 – acabei de chegar. Foi a minha primeira viagem acompanhada em muito tempo.Fui com duas amigas e fizemos o Atacama, Viña Del mar, Valparaíso e Santiago.Queríamos incluir a Patagônia, porém pelas pesquisas feitas antes da viagem, vimos que estava, digamos, fora do orçamento.
A primeira impressão que tive do Chile foi que tudo é muito doce. Os sucos e o café (na verdade café solúvel) vem com muito açúcar. A segunda foi que tem muitas escadas, muitas mesmo. Escada rolante e elevador são luxos quase desnecessários – alguns disseram que é por causa dos terremotos. Então a primeira dica: leve mochila se for se hospedar em hostel. Carregar a mala escadas acima não é nada agradável. Dito isto, achei o povo muito educado, civilizado e reservado. Os carros param para a travessia de pedestres, os guias te dão a mão para descer da van, são protetores, tratam as mulheres como damas, entretanto não há interação real com estrangeiros, são civilizados.
Minha amiga e companheira de viagem Karen inclusive fez um questionamento acerca disto: será que esta necessidade de interação é nossa? Nossa como pessoas? Nossa como povo brasileiro? Fica aí a questão para ser discutida e analisada, comentários são sempre bem vindos.
Começaremos no Atacama. Chegamos a Santiago, voando TAM, compramos a ida com milhas, dia 18 de dezembro, custou 20.000 milhas cada passagem. Dia 19 voamos para Calama, a cidade mais próxima de San Pedro de Atacama, pela LAN, custou cerca de 400 dólares ida e volta. Chegando a Calama é necessário pegar um transfer, o aeroporto oferece ao preço de 15.000 CLP por pessoa, mas sai em horários determinados, por isso perdemos o primeiro, para usar o banheiro que só tem um dentro da sala de desembarque, um banheiro feminino apenas, a fila era imensa. Decidimos averiguar táxi e/ou van. Não havia ninguém na informação turística – que fica bem escondida, será que é proposital? Só descobri a cabine de informação na volta a Santiago…. Enfim, saímos do aeroporto e comecei a barganhar com alguns táxi que estavam lá na frente, o primeiro não quis nos levar por 45.000 CLP, era um senhor meio mau humorado, o segundo aceitou.  Chegamos a Calama após 1:10. O taxista até parou para vermos o visual de longe do Valle de La Luna. Nosso hostel- que não reservamos, apenas vimos na web em Santiago- chama-se hostel Chaxa. É uma casa de família, o quarto tinha 2 beliches, éramos 3. Era pequeno e a água nem sempre esquentava no banheiro. A senhora não tinha um senso de humor apurado e ficou meio chateada porque eu sou fumante. Mesmo dizendo que eu jamais fumaria na habitacion -já que sou a única que fuma do grupo- ela ficou desconfiada. A sobrinha era muito bonita e simpática, são da Bolívia. Antes de chegarmos eu achava que não haveria vaga, pois sempre reservo hotel com antecedência, mas havia. Karen estava checando na web desde Santiago e também era época de natal, sabíamos que haveria pouca gente viajando para o deserto. Na frente do hostel há uma vendinha, como uma pequena mercearia, onde pode-se comprar água, iogurte, biscoitos e pão. Há muitos hostels em San Pedro do Atacama, costumamos reservar pelo booking: . Mas se quiser arriscar e ir na coragem como fizemos é possível também. Há uma rua principal onde se concentram todas as agências de passeios no Atacama, chama-se “Caracoles” . A cidade é tão pequena que você vai encontrar sem problemas. Fizemos uma pesquisa em umas 10 agencias e decidimos comprar na única que aceitava cartão de crédito. Estávamos com pouco dinheiro, eu e Karen, já que a outra amiga voltaria dia 25 e nós permaneceríamos no Chile até dia 01.
O Atacama é para os fortes.:) A altitude varia de 15 abaixo de zero, em lugares como o Gêiser El Tatio Geiser El Tatio
a 50 graus durante o dia. Se você tem problemas com altitude, o chamado mal da montanha, ou “soroche” no Peru, você poderá ter dificuldades no Atacama, já que passamos dos 4.000 metros em alguns passeios; se for este o caso, você sentirá uma espécie de “ressaca”, enjoo ou “mareada’ como dizem os hispânicos, dores de cabeça e eventualmente seu nariz poderá sangrar. Ou não… como diria Caetano. Karen, minha adorável companheira, nada sentiu.
Dicas essenciais: leve água sempre, protetor solar o FPS 30 não foi suficiente para mim, em alguns passeios há o café da manhã incluso, em 2 deles havia pão com presunto e bolachas recheadas, então se você não come nada disso leve algo na mochila para lanchar, pois são longas horas de percurso em uma van.

  1. Fizemos 4 passeios no Atacama: O mencionado gêiser, em q você acorda às 3:30, pois a van passa no hostel ou hotel às 4:00, sim, da madrugada. Leve roupa de inverno, segunda pele, malha de lã, meia de lã para pôr embaixo da calça, uma outra para os pezinhos, gorro de lã – pode ser do Corinthians – ou protetor de orelha e luvas. Pode ser que você enfrente 10 ou 15 abaixo de zero mesmo no verão. E, efeito cebola, vai tirando ao longo do dia, pois esquenta demais. é um deserto, né? Neste passeio há a opção de tomar banho em uma piscina de água termal, eu não tive coragem de tirar a roupa, confesso. Minhas companheiras tampouco. Entretanto colocamos roupa de banho embaixo de toda aquela roupa de inverno, parecíamos sacos de batata embrulhados em edredons. Achei muito trabalho para nada sensacional. Muito frio e pouco deslumbre na minha opinião.

  2. Fomos ao Valle de La luna, e achei maravilhoso. valledelaluna

Parece mesmo a lua, com formações geológicas impressionantes, dentre elas as 3 Marias. Há uma caverna também, que cujas crostas formadas pelo sal parecem quartzo. É uma verdadeira expedição ao deserto. Finalizamos o passeio no Valle da muerte, onde alguns corajosos fazem sandboard. . Adorei, o melhor do Atacama, vale a ida.

3.Fizemos ainda as lagunas altiplânicas, são duas lagoas de águas azuis a 4.300 metros. São lindíssimas. O único porém é que você tem que fazer uma trilha marcada por pedrinhas ao longo das mesmas, não é possível chegar próximo, isso é um tanto frustrante para mim, pelo menos. O cenário é de filme.

laguna
4. O outro passeio que fizemos foi noturno, um tour astronômico. O guia explica um pouco sobre o espaço, as estrelas, etc. Após leva-nos para o céu estonteante do Atacama, mostra o que vamos ver no telescópio, conversa mais um pouco e aponta algumas estrelas com um laser. No dia que fizemos o tour foi possível ver Júpiter…:) . Amei! Infelizmente estava apenas com o celular e não foi possível tirar nenhuma foto.

Falarei sobre Santiago, Viña Del Mar e Valparaíso no próximo post.

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4 comentários sobre “Chile 1: Atacama- dezembro 2013

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